Vegetarianos ou carnívoros, quem salvará o planeta?

Nenhum dos dois, se a forma como nos alimentamos e como são produzidos os alimentos, não mudar. Exatamente, tanto faz! Se por um lado o gado emite gases nocivos ao meio ambiente a exemplo do metano, por outro, as plantações de soja e outros substitutos da proteína animal exigem volumes descomunais de agrotóxicos e químicos para a correção dos solos. Para criar pastos é necessário desmatar, da mesma forma que para plantar. Qualquer coisa produzida para suprir as necessidades de 7 bilhões de seres humanos será destrutiva. Seria muita ingenuidade achar que trocar carne por grãos e vegetais resolveria o problema.

Temos, por tanto, que avançar nas discussões sobre essa questão. Não se trata do que comer, mas como e de que forma produzir.

Quatro atitudes simples podem ser a solução:

1. reduzir o consumo de produtos industrializados;

2. desperdício zero de alimentos;

3. produção local (em casa ou em espaços comunitários) de parte dos alimentos consumidos diariamente;

4. troca de alimentos produzidos.

Longe de acender discussões estereotipadas entre aqueles que defendem um lado ou outro. A ideia desse texto é refletir sobre o papel de cada indivíduo na mudança desse cenário. Em 2050 seremos quase 10 bilhões de pessoas. Da forma como consumimos e como produzimos nossos alimentos, ou destruiremos o que resta do planeta, ou milhões (ou até bilhões) de seres humanos perecerão de fome e dos efeitos da desnutrição.

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*Imagens: Ultra Curioso, Renato Diniz e Suinocultura Industrial.